Querido Papai Noel, velho batuta.
Já escolhi meu presente de Natal. E neste ano vou ser bem egoísta.
Não quero pedir a paz mundial, por que isso eu peço todos os dias, não só no fim do ano. Não quero pedir saúde, pois para isso rezo todos os dias para pedir e, principalmente, para agradecer. O mesmo vale para felicidade e todos aqueles votos que já vem impressos nos cartões de natal.
Afinal, como já disse outrora, Natal é nascimento de Jesus Cristo. E Ele nasce a cada boa ação que praticamos na nossa vida. Então, Feliz Natal todos os dias!
Mas, então, pensei em algo mais, digamos assim, eletrônico.
E nem pense em iphone, blackberry, palm, nextel, gadgets, gadgets, gadgets. Eu quero uma máquina de teletransporte. E quero também que todas as outras tralhas cibernéticas parem de funcionar.
Sabe por quê? Sei que Vossa Senhoria não deve querer saber, já que tem um !@#$%¨&* de pedidos para atender. Mas, sabe como é, todo advogado quando começa a falar e, principalmente, escrever, quer ser o centro das atenções.
É por que aqueles gadgets todos me davam a falsa impressão de estar conectado com meus amigos. Mas não estou.
Não quero só falar com eles instantaneamente, seja na Bahia, em Santos, em SP, no RJ, na Ilha, em BSB, in USA, in Canada, em Neuquen, en Bs. As., na Europa, Angola, wherever. EU QUERO ESTAR COM ELES PESSOALMENTE, PORRA!
Quero vê-los, quero abraça-los, quero derrubar cerveja/vinho/scotch/tequila neles. Quero olhar nos olhos deles, quero estar perto, quero estar junto, quero ver os olhos deles brilharem. E, de preferência, sem nenhuma interrupção por aqueles gadgets.
Um toque na tela e já temos todos os nossos contactos disponíveis. Mas, como diz CS, um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar. ENTÃO QUERO DAR UM PASSO DE BRAÇOS DADOS COM MEUS AMIGOS!
A gente fala com os amigos quando quer, onde quer. Mas não os vê. Não os sente. Assim não vale.
Não quero visitar meus amigos só quando tem casamento. Quero poder estar com eles quando eu quiser.
Quero desembarcar num aeroporto e ver meus amigos me esperando. Da mesma forma que quero que eles desembarquem na minha cidade e eu possa estar lá para os receber. Mesmo que eu chegue cinco minutos atrasado...
Eu abro o msn, vejo vários contactos lá disponíveis. Aí escrevo isso, escrevo aquilo, escrevo saudades, vamos marcar, coisa e tal. Peço que venham para onde moro, digo que vou avisar na próxima vez que for à cidade deles. E fica a falsa impressão de contacto.
Poxa, que conforto fdp. Tenho 333 amigos no Orkut. “Lembro” do aniversário deles sempre. !@#$%¨&*, quero estar com eles, porra! Mandar scrap não tem graça! Até o Rataço – pai de todos os Ratos – está no Orkut, porra!
Então, Santa, arruma um jeito aí de eu poder encontrar todos os meus amigos fisicamente sempre que eu puder. Se Vossa Senhoria não puder me dar o teletransporte, pode me dar uma mega-sena que eu me arranjo e visito os amigos...
P.S.: escrevendo isso e ouvindo música, separei os seguintes trechos para embalar a “noite feliz”:
“É proibido sonhar, então me deixe o direito de sambar...
Quando não tiver mais nada, nem chão, nem escada, escudo ou espada, o seu coração acordará... quando estiver com tudo, lã, cetim, veludo, espada e escudo, sua consciência adormecerá e acordará no mesmo lugar...
Quando não se tem mais nada, não se perde nada...
Quando se acabou com tudo, espada e escudo, forma e conteúdo, já então agora dá para dar amor...
One good thing about music is when it hits, you feel no pain”...
Será que Gonzagão estava tão errado ao cantar que falta faz um dengo, que só pode ser feito ao vivo?
“So, what´s the time?
So what, what, what you want”?
P.S.2: sinto saudades dos amigos. E é algo que só pode ser curado ao vivo.
posted by Luckily Leonel at 8:06:00 PM |